Necrópole Goiânia

A insurgência da várzea – Que rei sou eu…

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A insurgência da várzea – Que rei sou eu…

Aqui existia um campo de várzea

Fotografia de Andre V.

Hoje, ao cair da tarde, jovens e crianças brincavam no campo de várzea. Nada era como antes. Ficaram sabendo  que os dias do campo pisado estão contatos.  A terra, impermeabilizada por chuteiras, sandálias, pés rachados, comprimida entre travadas, molhada com suor e cuspe, agora terá um novo dono. As crianças não compreendem o motivo. A explicação não é fácil. A palavra desafetação ou mesmo a palavra permuta são tão abstratas quanto a presença do governo necropolitano naquela região. Até necrópole, por algum tempo, ficou sem palavras. Necrópole lembrou que algum dia, nos anos cinzentos, cantou Chico Buarque em algum canto da faculdade: Parábola do homem comum / Roçando o céu / Um / Senhor chapéu / Para delírio das gerais / No coliseu /Mas / Que rei sou eu….

 

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