A terra que MANA URINA E BOSTA – ou porque Necrópole será Nova Crozubon dos Trópicos
Parasitas, infecções e rumores eram coisas incontroláveis.
C. Mieville.
Está confirmado. Os identitaristas que acusam nosso Grão Cruz de não investir em cultura não sabem o que fazer. O escritor inglês China Mieville virá a nossa Amada Necrópole, a convite da Câmara Necropolitana, para participar da cerimônia de assinatura do Plano Diretor Necropolitano. Tudo acertado. A Câmara Necropolitana não levou em conta o protesto da vereadora que, da tribuna, denunciou que escritor não passa de um agente enviado pelo presidente Chines Kim Jong-Um – ela faltou as aulas de geografia da instituição mais comunista do cerrado! Os escritor foi vencedor dos mais prestigiados prêmios literários do universo. Mas o interesse não é apenas cultural. É econômico. China Mieville virá acompanhado de ninguém mais ninguém menos que Quento Sarantino. O motivo: nossa Necrópole foi escolhida, entre milhares de necrópoles do Sudeste Asiático, da América Central e da África Meridional, para abrigar as locações do filme Nova Crozubon – a terra que emana urina e bosta. Nova Crozubon, para quem não conhece, é a cidade real de seu livro mais conhecido. Celeiro de doenças, morbígera, pérfida, fedorenta, repugnante, desolada, suada, grotesca, vivendo da bosta alheia, degenerada, contaminada, faminta, sedenta… não…não… essa não é a Nova Crozubon de Chive Mieville. Esse é o futuro de nossa Necrópole. Aliás, nosso Grão Cruz anunciará, na cerimônia de lançamento do Plano Diretor Necropolitano, a transferência do Paço Necropolitano para as Margens do Reservatório do Ribeirão João Leite. Errado não esta. Quer ficar a montante da bosta!
Ave Necropole, morituri te salutant