Necrópole Goiânia

Notícias da Necrópole – cuidado com as calçadas

publicado por |

Vida urbana

Funcionário público cai em calçada irregular e se machuca

Janda Nayara, 08 de abril de 2014 (terça-feira)
 Cristina Cabral
CID_FOTOH4_CALCADA-B_WEB

José Raul Moreira mostra o ferimento provocado por queda em calçada: “Só de pensar no risco que corri, me revolto”

Transitar tranquilamente pelas calçadas de Goiânia chega a ser um desafio não só para aquelas pessoas que possuem dificuldade de se locomover, mas também para as que não têm nenhuma deficiência. Além de funcionarem para todo tipo de fim – como vitrines, estacionamento de carros, pontos de camelôs, canteiro de obras e oficinas de veículos – muitos passeios irregulares ou mal conservados viraram verdadeiras armadilhas.

Apesar de ter uma motocicleta, o funcionário público José Raul Moreira, de 55 anos, vai para o trabalho caminhando, por achar que oferece menos riscos. Mesmo assim, ele não se livrou de entrar para a estatística de acidentes de trânsito, já que a queda em calçadas também se enquadra nesta categoria.

Ao passar em frente à construção de um prédio comercial na esquina das Avenidas T-7 e Mutirão, no Setor Oeste, em Goiânia, Moreira prendeu o pé em um arame e acabou caindo sobre o vergalhão exposto da tampa de concreto do bueiro da calçada, que estava quebrada. Ele perfurou a barriga e teve escoriações. “Não foi nada grave, mas poderia ter sido. Só de pensar no risco que corri, me revolto”, afirma.

Andar pelas calçadas de Goiânia pode ser um verdadeiro esporte, partindo da caminhada com obstáculos ao equilibrismo. “Sempre observei essa cultura de não respeitar o espaço do pedestre, seja com cartazes de loja, carros ou caçambas. Já passei no meio de ruas movimentadas diversas vezes para me desviar desses obstáculos. Já fui até ameaçado por denunciar”, conta.

O advogado Gilson Dias de Araújo Filho, especialista em direito imobiliário, explica que em casos como o de José Raul, as vítimas podem entrar com ação judicial pelos danos moral e material causados. “Ele poderá entrará com ação indenizatória contra a construtora, contra o responsável técnico pela construção e também contra a Prefeitura, que não teve uma fiscalização eficiente”.

Para isso, o advogado destaca a importância de reunir provas, como comprovantes do atendimento médico, fotos e depoimento de testemunhas.

Texto escrito por O Popular, 08/04/2014

Originalmente publicado em O Popular, Cidades