Famílias invadem loteamento
Há pelo menos dois meses, 2 mil pessoas ocupam área do Município no Jardim Novo Mundo
Santos relata que as famílias esperam pelos órgãos municipais na tentativa de conseguirem entrar em programas de habitação. “A grande maioria aqui vivia de aluguel e vê uma oportunidade de acesso à casa própria”, afirma. O terreno, localizado na Avenida Linconli, não possui água nem esgoto e margeia uma vegetação nativa. Cada família ocupa como pode os 40 metros quadrados (m²) a que têm direito na divisão feita pelos próprios ocupantes. Não há lideranças políticas ou tática efetiva de permanência no local. Jéssica Maria da Conceição, de 22, diz que nos dois meses em que estão no local não houve qualquer procura por parte do poder público.
A Secretaria Municipal de Fiscalização (Sefis) informa que a ocupação é conhecida do Município, que faz o monitoramento quase diário do local. Relatórios são produzidos com o intuito de estudar a melhor maneira para retirar as famílias do local. Já na próxima semana deve haver o remanejamento dos moradores.
Em Goiânia, segundo o secretário municipal de fiscalização, Allen Viana, somente este ano mais de 3 mil denúncias relacionadas a invasões foram registradas. Ele explica que há dois tipos de grupos específicos monitorados pelo Município: aqueles que fazem a invasão individual, de pequenos ajuntamentos, com propósito exclusivos de luta pela habitação. E outro, taxado pelo secretário como invasores criminosos. A secretaria não quis adiantar qual procedimento será utilizado para a retirada dos ocupantes do terreno do Novo Mundo.