Necrópole venceu mais uma. A natureza da vitória ressoará por gerações e gerações no solo exposto do cerrado. A ideologia de gênero, cevada nas escolas públicas e privadas do ensino básico, foi convertida em crime. Isso mesmo! Um projeto de lei, aprovado pela Assembleia Necropolitana, punirá professores e administradores da rede pública e/ou privada que, mesmo inconscientemente, estimularem a viadagem. Conseguimos a informação secreta de uma lista de filmes, músicas, livros, novelas, peças teatrais, gibis, adesivos, mochilas, séries, jogos, brincadeiras, palavras e gestos de dedo que serão, terminantemente, PROIBIDOS. Não se preocupem, a punheta artesanal e domiciliar não consta na lista – mas tentaram muito! Nada, absolutamente nada, nadinha, que insinue algum afeto entre alunos e alunos ou entre alunas e alunas, será permitido. Os esportes de contato também serão proibidos. Um simples abraço será objeto de censura. A defesa da família do cerrado exigia uma postura radical. A lei prevê multas de até R$ 3.000,00. O currículo será revisto. Todo e qualquer conteúdo identitarista será excluído. Professoras mulheres, desde que depiladas, e professores homens, desde que não usem brinco, serão recompensados. Os demais serão disciplinados nos campos de soja e cana de açúcar do formoso sertão goiano. Formaremos uma geração cujo DNA ajudará na composição de uma raça pura de VARÕES e VAROAS. Um mundo de possibilidades se abrirá. Não deixaremos que a Chapada dos Veadeiros converta-se em uma Brokeback Mountain! Ali esta a origem de todo o mal que remonta ao período da mineração. Ali, entre cachoeiras e rios pedregosos e grupiaras, na sombra de cagaiteiras e cajuzinhos, o viril bandeirante, para romper o isolamento e a solidão, começou a penetrar o sertão enquanto, sem saber, também era penetrado. É um lugar amaldiçoado que fermenta a promiscuidade.
Agrademos a compreensão e o apoio de todos e, especialmente, dos candidatos ao legislativo e ao executivo que guardam em seu colo a bandeira de nossa educação. Seu silêncio é sinal de cumplicidade. A luta agora é para ampliar a lei para as universidades públicas… dizem que a resistência na UFG, um dos últimos baluartes da libertinagem, será heroica… farão barricadas! Não prometemos nada além de fé e coragem na defesa da família e da pátria.