OBTUÁRIO 06 – Convenções (PSOL) – Holiday – era essa a nossa vida no feriado ou o que diferencia o PSOL de Green Day e Falcão
O correspondente do Diário Necrópole registra agradecimento especial ao professor Marcus Mikhailovich Batista pelo empréstimo do Novo Dicionário Internacional do Socialismo e da Exegese Identitária, Vol. 1, Tomo 18. A magna obra tornou possível decifrar a gramática do PSOL. Mandato agora é Mandata. Socialismo, para agradar os intelectuais do Leblon, transformou-se em ecossocialismo. LGBT também saiu da moda. Ontem era LGBTQI+. Hoje LGBTQI+E=Mc2. A lista de abreviações, interminável, tem o único propósito de confundir os honrados e tradicionais chefes de família de Necrópole. Não sabem, os amarelos, que Necrópole cansou de utilizar tal expediente. Fragmentou as agremiações evangélicas com o propósito de dominar seu rebanho. Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja do Evangelho Pentangular, Igreja do Evangelho Triangular, Igreja do Evangelho Biangular, Igreja do Evangelho Angular … Saudades, confidenciou o correspondente do Diário Necrópole, de adjetivos como CAMARADA e COMPANHEIRO. Tudo era mais fácil de decifrar. O PSOL complicou a vida e, como alertou o PT, parceiro para todos os fins de Necrópole, sabotou a revolução. O filósofo e único arquiteto respeitado por Necrópole, Falcão, na poesia Holiday Foi Muito, já dizia: Porque Homem é homem. Menino é menino. Político é político. E baitola é baitola. O PSOL esqueceu a classe- acusou o Partidão, em depoimento sigiloso para o Necropole. Em seus cursos formativos, segundo denúncia anônima (F.M.G.A., com medo de represálias, concedeu a entrevista, com máscara, nos corredores de um instituto de pouco prestígio da UFG. Tem medo de ser CANCELADO nas redes sociais pelo que chamou de BJI – Brigada Jihadista Identitária) de um estudante de barba longa, torcedor do Vasco, OS e AS militantes, nos cursos formativos, agora assistem Ghost e Lagoa Azul. Tudo organizado pelo antigo Núcleo Epistêmico Duro, já em decadência, da casta intelectual acadêmica, cujo único propósito foi, a partir da hierarquia que justificava sua existência, fingir negar a própria hierarquia. Sacada genial. Nem os ideólogos de Necropole conseguiram tal proeza. Nada de Germinal. Nada de Os Miseráveis. A contradição. A burguesia. O proletariado. O vermelho. O manifesto. Tudo deu lugar para o Sol, amarelo, sorrindo. Nem mesmo nosso departamento de NecroMarketing ousou abusar da prosopopeia. Nem Necrópole imaginaria uma iconografia liberal tão perfeita. O Sol nasce e sorri para todos! Tudo o que era solido desmanchou-se no ar. O PSOL aderiu, como nenhum outro partido, ao programa liberal identitário – acusam os cinco filiados ao PCO no Brasil. Nada de CPF ou mesmo CNH. Só a identidade. Lançou, como outros partidos farão, uma mulher. A candidata, reconhecemos, é jovem, simpática e inteligente. Necropole tentou, inutilmente, coopta-la. Necrópole dedicará, no lugar adequado, em sua Coluna Social, espaço para discutir essa desmedida ambição feminina. Necrópole, porque jamais concordará com Boulos, prefere Falcão e, para simular radicalismo, Green Day. Os arcaicos intelectuais do PSOL vivem em um eterno Holyday, enquanto os românticos militantes e trabalhadores se divertem no 263, no 268 e no 269. Necrópole, sempre que puder, estimulará a discórdia entre a oposição.
Ave Necropole, morituri te salutant